terça-feira, 26 de abril de 2011

Mais um referendo!



Por Gil Cordeiro Dias Ferreira

Que venha o novo referendo pelo desarmamento. Votarei NÃO, como da primeira vez, e quantas forem necessárias. Até que os Governos Federal, Estaduais e Municipais, cada qual em sua competência, revoguem as leis que protegem bandidos, desarmem-nos, prendam-nos, invistam nos sistemas penitenciários, impeçam a entrada ilegal de armas no País e entendam de uma vez por todas que não lhe cabe desarmar cidadãos de bem.
Nesse ínterim, proponho que outras questões sejam inseridas no referendo:
Voto facultativo? SIM! Apenas 2 Senadores por Estado? SIM! Reduzir pela metade os Deputados Federais e Estaduais e os Vereadores? SIM!
Acesso a cargos públicos exclusivamente por concurso, e não por nepotismo? SIM! Reduzir os 37 Ministérios para 12? SIM! Cláusula de bloqueio para partidos nanicos sem voto? SIM! Fidelidade partidária absoluta? SIM! Férias de apenas 30 dias para todos os políticos e juízes? SIM! Ampliação do Ficha-limpa? SIM!
Fim de todas as mordomias de integrantes dos três poderes, nas três esferas? SIM! Cadeia imediata para quem desviar dinheiro público? SIM!
Fim dos suplentes de Senador sem votos? SIM! Redução dos 20.000 funcionários do Congresso para um terço? SIM!
Voto em lista fechada? NÃO! Financiamento público das campanhas? NÃO! Horário Eleitoral obrigatório? NÃO!
Maioridade penal aos 16 anos para quem tirar título de eleitor? SIM! Um BASTA! na politicagem rasteira que se pratica no Brasil? SIM !!!!!!!!!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Feliz Semana da Páscoa


Um dia encontrei um sertanejo
Perto de um pé de Maracujá
E perguntei-lhe:
Diga-me lá caro sertanejo
Porque razão nasce roxa

A flor do Maracujá?

***

Ah, pois então eu vou narrar-lhe
A história que ouvi contar,
A razão porque nasce roxa
A flor do Maracujá.


O Maracujá já foi branco
Eu posso até lhe jurar,
Mais branco que a claridade
Mais brando do que o luar.

Quando a flor nele nascia
Lá p’ros confins do sertão,
O Maracujá parecia
Um ninho de algodão.

Mas um dia, há muito tempo
Num mês que até nem me lembro,
Se foi Maio, se foi Junho
Se foi Janeiro ou Dezembro,

Nosso Senhor Jesus Cristo
Foi condenado a morrer,
Numa cruz crucificado
Longe daqui a valer.

Pregaram Cristo a martelo
E ao ver tamanha crueza,
A natureza inteirinha
Pôs-se a chorar de tristeza.

Choravam tristes os campos
As folhas e as ribeiras,
Choravam os passarinhos
Nos ramos das laranjeiras.

E junto da cruz havia
Um pé de Maracujá,
Carregadinho de flor
Aos pés de Nosso Senhor.

E o sangue de Jesus Cristo
Sangue pisado de dores,
No pé de Maracujá
Tingia todas as flores.

Eis aqui seu moço ou moça
A história que ouvi contar,
A razão porque nasce roxa
A flor do Maracujá.

(Catulo da Paixão Cearense - Adaptado)